Era só mais um dia normal de uma pessoa igual às outras; era
só mais uma manhã de sol sem-graça sem promessas de uma melhora; era só mais outra vez que o seu despertador tocava.
bii biii biiiiEsse era o barulho - insuportável - que escutava quase todas as manhãs; esse era sempre o momento de deixar os seus sonhos e cair na realidade nua e crua; comendo o cereal fazia planos que nunca teria tempo de terminar, arquitectava viagens das quais nunca faria e filosofava teoria que nunca seriam publicadas.-Oito horas, hora de ir.
Ligava o carro, droga... não pegava de novo! Lá se vai a pontualidade de novo.
E de novo, novo, nov...
Era assim, todas as suas manhãs: Iguais.
E era assim que continuava: Igual, na rotina; igual, nos horários; igual, nos rostos que via.
Sonhar, era o seu refúgio.
Mas, sabe, tudo chega ao fim e esse fim já era mais do que bem-vindo. Naqueles seus dias de preto no branco surgiu uma nova pincelada, enérgica... Colorida! Era quase um nada, um ponto naquele quadro op-art; um ponto surreal.
Chegou como se não queria nada, mostrou seu brilho e refletiu-se em tudo e então, não mais que de repente, foi-se embora.
Dizem que ela então partiu para o desespero, e nesse desespero tirou do papel todos àqueles planos e filosofias e partiu. Largou tudo, mas... Que tudo? Daquela vida mediucre não queria mais nada! Andou milhas, cruzou países, mas faltava.
ar? não
cash? não
lar? não
ele... E esse ele um dia cruzou de novo o seu caminho, aonde mesmo? Não é importante.
Naquela sua nova vida.E explicou o mundo pra mim.
domingo, abril 27
pequena história
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